quarta-feira, julho 09, 2008

Eu fui assim,e tu?


Actualmente existe uma tendência para catalogar tudo, mas tudo mesmo.


Todos nós já ouvimos falar de crianças hiperactivas, sobredotadas, indigo/cristal...existem mais sindromes do que é possível imaginar.
Na nossa infância (para os jovens da década de 70/80) já existiam crianças destas, mas a classificação era diferente.


Eu e os meus amigos passava-mos as férias grandes a jogar à bola, correr, andar de bicicleta, aborrecer os velhotes, andar de skate, partir vidros (com as bolas, erros de calculo), aborrecer os velhotes...= Hiperactivos, e para comprovar isto dou-vos um pequeno exemplo, à hora do lanche não havia pausas para comer, a diversão não era interrompida, entravam apenas novos elementos, pão com marmelada numa mão e sumo na outra, e toca a correr.
Os sobredotados eram aqueles colegas que nós todos tínhamos, geralmente estavam sentados na primeira fila, usavam óculos, andavam de forma estranha, não sabiam correr (capacidades motoras reduzidas) e tinham resposta para todas as questões colocadas pela professora, eram classificados como cromos( eram os que substituíam no presépio a figura do menino Jesus pela do Isaac Newton).
Os Indigo/Cristal são uma nova vaga com características que todos nós tínhamos:

Intuição – quando as bolas iam directas à janela, a minha intuição dizia-me que ia partir
Espontaneidade – quando a bola partia o vidro, era espontâneo ao ponto de fugir
Resistência à moralidade – esta nem comento =)
Grande imaginação – cheguei a culpar o Eusébio “ foi ele foi, eu nem sei jogar à bola!”
Défice de atenção – Chegava-mos a partir dois vidros em apenas um dia...

Entre os diagnósticos anteriores e rebeldia e má-criação (que era o que nos diziam), qual é a diferença?

1 comentário:

Anónimo disse...

Olá!
Andas muito inspirado!
Eu também sou desse tempo em que se brincava na rua e que brincar na rua era considerado saudável.
No nosso tempo não havia obesidade infantil, hiperactividade, nem nada parecido, pois todas as energias que tínhamos eram esgotadas até à exaustão durante os longos dias de brincadeiras com os amigos.
Lamento que o nosso filho não vá passar por isso, ter os amigos a chamar no quintal para irem andar de bicicleta até ao almoço, depois pararem para almoçar e, ainda a mastigar a última garfada do almoço, ir logo de seguida para a rua continuar com a brincadeira da manhã... há realmente coisas que mudam e mudando já não voltam...