terça-feira, julho 22, 2008

Como na India


O post do meu amigo OJ fez-me lembrar as longas esperas numa daquelas filas anarquicamente controladas em que limitamo-nos a estar “colados” à pessoa que se encontra à nossa frente.


Já me aconteceu estar pacientemente a aguardar a minha vez e a senhora que ocupava o lugar atrás do meu chegar-se de tal maneira tão próximo que levava a crer que estava disposta a fazer corridas às cavalitas...o que me ocorreu nesse momento foi questionar à srª. se estava a sentir arrepios de frio, e estava a tentar aproveitar algum do meu calor humano!?!
Passados poucos minutos a mesma srª. deixou de estar atrás de mim, passando a estar a meu lado ( isto é prática comum de quem quer ser atendido mas não está para respeitar quem se encontra à sua frente), momento em que pensei “temos aqui um sprinter....”Obviamente que nessa altura desloquei-me ligeiramente e a srª. passou novamente a estar atrás de mim =).
Entre tentativas da srª em cortar a meta antes de mim e obstruções da minha parte, a srª sentiu-se ameaçada pelas minhas placagens e nesse momento perguntou: “ o sr. está à minha frente, não é?” =O
“ Não minha srª, caso não tenha reparado eu sou o famoso Houdini, melhor, eu sou David C. e estava à dez minutos atrás a tentar fazer desaparecer a grande muralha da China, e por qualquer razão que desconheço vim parar à repartição de finanças!!”



Próximo!

quarta-feira, julho 16, 2008

Faz-te um homem!!


Existem certos hábitos, sejam quais forem, que dentro das nossas próprias casas, foram criados, mantidos e respeitados porque apenas os praticamos naquele espaço (ou pelo menos assim deveria ser).
Todos os que foram à tropa, sabem que há certos comportamentos e hábitos que convém questionar se serão os melhores a adoptar ou evitar.
Há quem durma de pijama, roupa interior, nu, com animais, enfim....mas na “guerra” o acto de dormir é muito importante, tal como a indumentária a adoptar, porque a qualquer altura da noite, alguém vai entrar nas camaratas/cobertas aos gritos ( quando não é de rajada de G3), “tá tudo a levantar, seus maricas, têm 2 segundos para estar formados lá fora!!!”

Geralmente o que acontecia era pôr todos a correr e a “encher”, até se fartarem (aquilo podia demorar horas..) ou acharem que era suficiente...
Isto para quem tivesse de pijama ou roupa interior, não era assim tão mau, era apenas exercicio, agora para aqueles que não quiseram abdicar do hábito de dormir nu....

Imaginem o ar de parvo de um tipo todo nú a fazer flexões e “aquilo” a bater no alcatrão a cada flexão (chegavam a ser às centenas!!), para alguém que estivesse a observar de longe iria pensar “ aquele maluco está ter relações com o alcatrão?!”
O que é ia na cabeça daqueles tipos enquanto enchiam??”Toma,toma, who´s your daddy?”

Muitos deles devem andar neste momento a passear os rebentos dessas relações ocasionais...”ó pai porque é que sou preto, duro e tenho marcas de pneus?”

quarta-feira, julho 09, 2008

Eu fui assim,e tu?


Actualmente existe uma tendência para catalogar tudo, mas tudo mesmo.


Todos nós já ouvimos falar de crianças hiperactivas, sobredotadas, indigo/cristal...existem mais sindromes do que é possível imaginar.
Na nossa infância (para os jovens da década de 70/80) já existiam crianças destas, mas a classificação era diferente.


Eu e os meus amigos passava-mos as férias grandes a jogar à bola, correr, andar de bicicleta, aborrecer os velhotes, andar de skate, partir vidros (com as bolas, erros de calculo), aborrecer os velhotes...= Hiperactivos, e para comprovar isto dou-vos um pequeno exemplo, à hora do lanche não havia pausas para comer, a diversão não era interrompida, entravam apenas novos elementos, pão com marmelada numa mão e sumo na outra, e toca a correr.
Os sobredotados eram aqueles colegas que nós todos tínhamos, geralmente estavam sentados na primeira fila, usavam óculos, andavam de forma estranha, não sabiam correr (capacidades motoras reduzidas) e tinham resposta para todas as questões colocadas pela professora, eram classificados como cromos( eram os que substituíam no presépio a figura do menino Jesus pela do Isaac Newton).
Os Indigo/Cristal são uma nova vaga com características que todos nós tínhamos:

Intuição – quando as bolas iam directas à janela, a minha intuição dizia-me que ia partir
Espontaneidade – quando a bola partia o vidro, era espontâneo ao ponto de fugir
Resistência à moralidade – esta nem comento =)
Grande imaginação – cheguei a culpar o Eusébio “ foi ele foi, eu nem sei jogar à bola!”
Défice de atenção – Chegava-mos a partir dois vidros em apenas um dia...

Entre os diagnósticos anteriores e rebeldia e má-criação (que era o que nos diziam), qual é a diferença?

segunda-feira, julho 07, 2008

2+2=5


Evoluimos a uma velocidade supersónica, pelo menos a nível de mentalização no que diz respeito aos ataques de Marketing a que estamos sujeitos.
Todos já ouvimos falar de Detector de metais, de incêndios, de mentiras, de sorrisos...
O detector de sorrisos já passa das marcas, são câmaras digitais equipadas com um sensor que detecta os sorrisos e dispara automaticamente, sem que o utilizador tenha que se preocupar com os comandos manuais do aparelho...é o máximo...se quiserem tirar um foto de grupo não se atrasem a sorrir, porque o 1º a ser detectado é o que vai levar com o flash, isto se a máquina não detectar um sorriso fora desse baralho e decida disparar, enfim..
Mas o melhor detector de todos os tempos, é o que está a ser usado num detergente para a roupa, Detector inteligente de nódoas!!!!
Pelo que percebi, o detergente não vai andar a perder tempo dentro do tambor da máquina à procura das nódoas, não, o detector informa onde se encontram as nódoas e o detergente age de imediato, sem perder tempo em pesquisas.
Estou mesmo a ver...”Atenção está uma mancha castanha na parte da frente da t-shirt branca, suponho que o usuário limpou o C# à t-shirt.”
Fds....onde é que vamos parar??
Qualquer dia disputamos partidas de xadrês com embalagens de pão de forma, inteligentes.

terça-feira, julho 01, 2008

Subtil


Numa das minhas idas às aulas de pré-parto, fui ao WC, e como em qualquer WC, à excepção do lá de casa, tranco sempre a porta, não é muito agradável estar a fazer desenhos imaginários de animais com os nossos líquidos enquanto nos aliviamos e nisto entrar alguém pela porta, e por essa razão fechei a porta à chave. Quando terminei o esboço, dirigi-me à porta e rodei a chave, e voltei a rodar a chave, e rodei, rodei...( pensei, parece o cofre do BPortugal), a porta não abria, tirei a chave para perceber o que se passava, e de lá, só veio metade da chave!!?!?

Pouco tempo depois já tinham dado o alarme que havia alguém trancado na casa de banho, da parte de fora vinham palavras de consolo e de alguém que sabia o que tinha a fazer, “ tenha calma, não entre em pânico”, pânico?! Isto não é nenhum elevador!?! Será que meu salvador sabe alguma coisa que eu não sei!?! Será que o bidé e a sanita são de confiança? Passados 30 min e muita pancada na porta eu ainda lá estava dentro e as palavras continuavam a ser “tenha calma, não entre em pânico” e foi aí que tive a ligeira sensação que o bidé se mexeu na minha direcção, eu tinha de agir e sair dali para fora.

Apenas precisei de um martelo e uma chave de fendas (que me conseguiram passar por uma janela que dava para o exterior) para destruir parte da porta e fugir dali.
A experiência durou 40 min, confesso que não foi má de todo, senti-me o Manuel Subtil dos tempos modernos, mas sem qualquer exigência...


Certifiquem-se sempre antes de se fecharem, se as chaves dos WC´s públicos estão em boas condições...

A propósito, desenhei uma Galinha e parte de um Perú.